Indonésia nega pedido de Dilma para não executar brasileiros
O governo da Indonésia rejeitou o apelo feito pela presidente Dilma
Rousseff (PT), na manhã desta sexta-feira (16), para que os brasileiros
Marcos Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Gularte, não fossem executados. A
presidente falou, por telefone, com o presidente da Indonésia, Joko
Widodo.
A conversa entre Dilma e Widodo foi a mais recente tentativa do governo brasileiro de evitar a execução de Archer, prevista para este domingo (18), por fuzilamento.
Em nota, a presidente Dilma disse "lamentar profundamente a decisão do
presidente Widodo de levar adiante a execução do brasileiro Marcos
Archer".
Ontem, o Itamaraty divulgou uma nota oficial informando que o governo
estava "acompanhando estreitamente" o caso do brasileiro. Ainda segundo
a nota, "o governo brasileiro continua mobilizado, acompanhando
estreitamente o caso, e avalia todas as possibilidades de ação ainda
abertas", dizia a nota.
Em 2005, os advogados de Archer fizeram um pedido de clemência ao
governo indonésio, mas o pleito foi negado. Em 2012, o a presidente
Dilma entregou uma carta ao governo do país pedindo que Archer não fosse
morto.
Atualmente, há 64 presos por crimes relacionados a drogas ilícitas condenados à morte no país asiático.
Archer trabalhava como instrutor de voo livre e foi preso em agosto de
2003 após tentar entrar na Indonésia pelo aeroporto de Jacarta com 13,4
kg de cocaína escondidos em uma asa delta desmontada. Na Indonésia, tal
crime é punido com pena de morte.
No telefonema de hoje, Dilma disse que o ordenamento jurídico
brasileiro não comporta a pena de morte, e que seu "enfático apelo
pessoal" expressava o sentimento de toda a sociedade brasileira.
fonte:uol
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